Dia 6 de maio é comemorado o Dia Nacional da Matemática. Informalmente, a SBEM (Sociedade Brasileira de Educação Matemática) homenageia o matemático, escritor e educador brasileiro Júlio César de Mello e Souza, mais conhecido como Malba Tahan.
Hoje, o ElaSTEMpoder falará um pouquinho mais sobre as Olimpíadas Matemáticas, como você pode participar delas e as principais mulheres destaques nesse meio!
As Olimpíadas Matemáticas foram as primogênitas no campo das Olimpíadas Científicas. Antes, tais abrangiam apenas o campo esportivo. Em meados do século XIX na Hungria, surgiu a primeira Olimpíada de caráter intelectual e científico, sendo essa voltada à matemática. Posteriormente, ela se espalhou pelo Leste Europeu e chegou até a União Soviética, onde concretizou-se com a IMO (Olimpíada Internacional de Matemática) e se difundiu por todo o mundo.
No Brasil, se conferem mais de 50 Olimpíadas, sendo muitas delas voltadas à matemática:
OMIF (Olimpíada de Matemática dos Institutos Federais);
Canguru (Olimpíada Canguru de Matemática);
OMU (Olimpíada de Matemática da Unicamp);
Purple Comet;
OMpD (Olimpíada Matemáticos por Diversão);
Tubarão (Olimpíada Tubarão de Matemática);
Brics Math (Olimpíada de Matemática dos países dos BRICS);
OBM (Olimpíada Brasileira de Matemática);
OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas);
Tm² (Torneio Meninas na Matemática);
OIMSF (Olimpíada Internacional Matemática Sem Fronteiras).
Ainda existem outras voltadas às Ciências Exatas, abrangendo Física, Química, Astronomia, Astronáutica, Informática, Robótica e Raciocínio Lógico.
Cada Olimpíada atende à especificações de acordo com sua dinâmica e à quem são aplicadas. No geral, apresentam fases que podem se caracterizar por provas objetivas ou dissertativas. Acima, citamos Olimpíadas que são disputadas principalmente por estudantes do Ensino Fundamental II até o Ensino Médio, porém, existem competições para ensinos básicos e também a nível universitário.
Infelizmente, o sucesso de meninas em Olimpíadas Matemáticas ainda é muito baixo. Isso se deve ao fato do estereótipo que vem desde a infância com maior incentivo de meninos às Ciências Exatas e com o pensamento "matemática é coisa de menino".
Tais, põem-se em prova com os percentuais de gênero nas premiações olímpicas intelectuais:
Figura 1. Premiados na OBMEP em 2019.
Fonte: OBMEP, 2019.
Figura 2 - Medalhistas da OBM
Fonte: BIANCONI, 2018.
Apesar das estatísticas desmotivadoras, há mulheres incríveis que protagonizam esse meio. A Mariana Groff, por exemplo, foi a primeira brasileira a levar ouro na Olimpíada Europeia de Matemática para meninas (EGMO). Com 18 anos ela coleciona 34 medalhas sendo 6 destas, internacionais. Também foi aprovada em nada mais, nada menos que Stanford! Suas mentoras para a EGMO, Deborah Alves e Luize D'Urso, também merecem destaque em suas carreiras acadêmicas.
São em mulheres como Mariana, Deborah e Luize que devemos nos inspirar e mudar estes números.
Existem vários projetos que visam incentivar e mentorear meninas em Olimpíadas:
Projeto Sem Parar (@sempararprojeto)
Obmepeiros (@obmepeiros)
Preparação para olimpíadas (@prep.olimpiadas)
Mentolimp (@projetomentolimp)
New Future olimpíadas (@nw.future)
Use e abuse deles! (Os quatro últimos da lista também contemplam monitoria para meninos)
A participação em Olimpíadas Científicas é uma experiência enriquecedora. Não só pelas premiações, que vão de medalhas até quantias em dinheiro; mas a forma dinâmica como as disciplinas são tratadas e como elas se tornam mais palpáveis ao nosso ver. Além disso, a troca de experiências com outras pessoas que também participam é, em suma, afável.
Diversas escolas e universidades oferecem bolsas para medalhistas de diferentes Olimpíadas, e estas também trazem inúmeras oportunidades internacionais.
Fontes: Pravaler, Pesquisa Fapesp, UFSM Meninas Olímpicas, Obmepeiros, Instituto Unibanco, Obmep, Gênero e Número e Tilt Uol.
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