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Tokyo 2020 e a ciência por trás dos esportes

Tokyo 2020/21 mal acabou e já tá deixando saudade no coração de muita gente depois de muitas conquistas incríveis das (os) atletas brasileiras(os)!!


Teve medalha inédita, esportes estreando no calendário olímpico com tudo, muitas histórias incríveis de superação e diversas mulheres maravilhosas representando MUITO nos jogos olímpicos, Rebeca Andrade, Rayssa Leal, Ana Marcela Cunha e tantas outras guerreiras que mostraram que podemos e devemos ocupar todos os lugares que quisermos!!


E é pensando nas olimpíadas e em toda a importância desse evento que a coluna dessa semana trás o tema "A ciência por trás dos esportes", unindo o conhecimento científico da área de STEM com o tema esportivo! Quer saber mais sobre isso?


Então acompanha esses exemplos que vamos trazer:


Basquete


No basquete, uma das semifinais femininas foi composta por França vs Espanha e, com toda certeza, um fundamento essencial para qualquer jogo como esse é o passe, cujo o objetivo é passar a bola para sua companheira de equipe antes que uma adversária possa interceptá-la.


Para executá-lo corretamente, é importante que a bola atinja a velocidade necessária e para isso o atleta deve usar as forças de que pode dispor mais rapidamente: flexão dos dedos e punhos e extensão dos cotovelos. Já para realizar passes mais longos (para jogadoras que estão distantes) forças maiores, como as do tronco e das pernas, que são mais lentas, devem ser usadas.


Jogadoras da França e Estados Unidos

Atletismo


No atletismo feminino, tivemos um pódio triplo de atletas jamaicanas e, para atingirem essa conquista, essas incríveis mulheres tiveram que se destacar em diferentes fundamentos, sendo a frequência das passadas um dos mais importantes.


Para obter boas velocidades dignas de pódio, em geral, é melhor aumentar a frequência das passadas do que seu comprimento. A frequência é determinada pelo tempo que as atletas ficam no ar e o tempo que elas permanecem em contato com o solo. Dependendo do sistema muscular e nervoso da atleta, ela pode diminuir o tempo para distender e contrair músculos da perna, como o quadríceps. Essas atletas (no caso das olimpíadas de Tokyo, as jamaicanas) são os que conseguem a maior frequência, e portanto o melhor desempenho.


Conquista do pódio triplo de atletas jamaicanas

Natação


O Brasil conquistou uma medalha de ouro feminina na natação, mais precisamente na maratona aquática! Ana Marcela, depois de já ter competido em outras 3 olimpíadas e não ter garantido o sonhado lugar no pódio, teve um desempenho sensacional na prova e garantiu o primeiro lugar!


Muitos são os fatores que levaram nossa atleta ao ouro, mas a velocidade que ela ditou durante a prova com certeza foi primordial para vitória ter sido alcançada!


A velocidade da nadadora depende do comprimento de sua braçada, que é a distância percorrida pelo braço dentro da água, e da frequência da braçada, que é o número de braçadas que ela dá por minuto. Aumentando uma delas, a outra diminui. Assim, Ana Marcela teve que conseguir balancear as duas coisas para obter o melhor resultado, dentro da maratona aquática em águas nipônicas.


Ana Marcela disputando a maratona aquática

Ginástica


Na ginástica feminina o Brasil conquistou 2 medalhas com a mesma atleta, Rebeca Andrade, que também se tornou a atleta feminina a conquistar mais medalhas em uma mesma edição olímpica! Maravilhosa, né?


Na ginástica, são realizados diversos saltos e você já deve ter percebido que na aterrisagem as atletas flexionam o quadril, os joelhos e tornozelos, mas você sabe o motivo disso?


Com o objetivo de diminuir a ação do impacto sobre o corpo do ginasta! Já que ao flexionarem essas articulações, as atletas aumentam o intervalo de tempo durante o qual a força de aterrisagem é absorvida, diminuindo assim a força sustentada e evitando lesões.


Rebeca durante a apresentação de solos

Conseguiu perceber como a ciência está mais parte de nós do que imaginamos?


Com certeza as atletas tem esse conhecimento para elevarem seus níveis durante as performances e, assim, garantirem as tão sonhadas medalhas olímpicas!


Então, viva o esporte e a ciência brasileira!


Esperamos que esse post tenha trazido informações interessantes para vocês e despertado uma maior valorização para essas áreas que, com toda certeza, fazem a diferença na vida de todas as pessoas e merecem mais atenção e investimentos!


Fontes: Análise Física do Salto Duplo Mortal Carpado, Grupado e Estendido (UFMG), Física, eu? (USP), Instagram do time Brasil, O Globo, Sport Tv e TNT sports.



 

Maria Eduarda Caetano é mineira, tem 19 anos e é acadêmica de Medicina na Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais. Além disso, é apaixonada por ballet clássico e por arte de forma geral, é redatora do ElaSTEMpoder e monitora do setor de Pesquisa e Extensão da FCMMG.

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